Caro leitor desocupado que eu tanto prezo, muitas, mas muitas mesmo, ainda são as divergências e argumentos (empiricamente embasados ou não) sobre a legalidade da Lei 11.705, sancionada pelo presidente analfabeto, quero dizer, Lula em 20 de Julho de 2008, e já apelidada de “Lei Seca”.
Obviamente, não é necessário repetir aqui todas as discussões já vistas e re-vistas por vocês na mídia. Já encheram bastante o saco de todo mundo com essa merda, e ninguém tirou as dúvidas de ninguém ainda.
Então, esperei pra ver o que acontecia em torno desta discussão, para publicar algo realmente relevante e ao mesmo tempo resumido. Vamos ao que interessa. As dúvidas mais freqüentes que percebi são as seguintes:
1. Qual a probabilidade de ser preso por ingestão de álcool?
Caro ignorante acéfalo, é bom que fique claro uma coisa: NINGUÉM está impedido de beber. Você só não deve sair dirigindo por aí depois de beber. Sempre foi uma questão de bom-senso, e agora virou lei. Mesmo assim, só PODERÁ ser preso, o meliante que apresentar concentração alcoólica igual ou superior à 6 dg/l de sangue. (dg/l = decigramas por litro). Isso representa aproximadamente 700ml de chopp, 300ml de vinho ou 60ml de cachaça ou cheirar absinto.
2. Posso negar a fazer o teste do bafômetro numa abordagem policial?
Pode, se você for burro o bastante pra isso, e estiver disposto a contrariar um senhor armado com distúrbios psicológicos (Entenda como Policial). Mas mesmo se negando, isso não o livrará do pagamento da multa de R$955,00 (Mais do que você ganha!) enquadrando-o na lei de punição administrativa. Basta que o policial “ache” que você está embriagado, e sim, ele vai achar!
3. O bafômetro pode apresentar leitura errada?
Pode. Aliás, é bem provável que toda leitura feita pelo bafômetro esteja incorreta, algo extremamente confortante isso não? Se você utilizar produtos que contenham álcool em sua fórmula como alguns remédios homeopáticos, bombons de licor, biotônicos e enxaguantes bucais, a leitura pode dar positiva, embora isso só deva acontecer imediatamente após o consumo destes.
Será que para arrancar a carteira de habilitação de alguém e fazê-lo pagar uma multa que a maioria terá que vender o orifício anal para poder paga-la, não seria obrigação de que pelo menos o aparelho usado fosse confiável?
Infelizmente, parece que as pessoas não entenderam que esta lei, apesar de ter sido imposta por nossos legisladores (bando de viados sem ter o que fazer!), está aí para suprir a falta de bom-senso daqueles que insistem em dirigir bêbados. A iniciativa é boa (me dói falar isso com relação ao sagrado álcool), visto que a “Lei Seca” tem como objetivo a proteção individual, e já tem provado isso em números!
Recentemente, foi constatado também que outros fatores também podem contribuir para a leitura incorreta do bafômetro e uma possível tentativa de identificação de ingestão de bebida pela autoridade policial, como se já não fosse ruim o bastante, esse aparelhinho consegue ser ainda pior do que esperávamos.
Entre eles (pasmem): fumo, sangue, vômito, umidade relativa, interferência eletromagnética, temperatura ambiente, sujeira e a leitura de nosso site! O organismo de uma pessoa diabética produz acetona durante uma crise de hipoglicemia, que pode ser medido como teor alcoólico pelo bafômetro. Vale também lembrar que o álcool etílico não possui cheiro, e se alguém tomar cerveja sem álcool, vai ficar com bafo de cerveja. Será que vão lembrar dessa possibilidade? Provavelmente Não!
Só para deixar claro, a tolerância não é ZERO: é de 2dg/l, você já pode dormir tranqüilo. Isto porque a maioria dos bafômetros apresenta um erro médio de 0,165 (1,65 dg/l). Teoricamente esta tolerância extinguiria o “erro” do aparelho. Mas como diversos fatores podem enganar o bafômetro e este aparelho impreciso e mal feito agora é "autoridade" no Brasil, o meu conselho é: NÃO BEBA NADA, se for dirigir, é claro. Afinal, como você vai discutir com uma máquina que não lhe ouve, operada por um idiota de farda? Já que a orientação do policial (Idiota de farda) é acreditar no bafômetro e não em você!
Mas não vamos desvirtuar o assunto. Em hipótese alguma defendo a mistura de álcool e direção, gente bêbada dirigindo só faz merda. O grande problema que vejo aí, é a ineficácia do uso do bafômetro. Tanto que, em função destas divergências na veracidade da apuração de ingestão de álcool feita pelo polêmico aparelho, já se fala que a lei seca poderá ser questionada na Corte.
Bem, acho que só podemos esperar para ver no que dá tudo isso. É fato que o povo brasileiro só sabe ter bom-senso quando mexem em seu bolso, mas se for pra ser julgado por um aparelhinho nojento, pelo menos que seja um que funcione, e não um que tenha o selo de qualidade “Windows” estampado!
(Selo de Qualidade?)
3 comentários:
Perfeito!
Falou tudo!
beijos...
Meu Deus vc está de PARABÉNS...q avanço nesses comentários hein... Hj vc mandou bem não posso negar.
Concordo com tudo...!!!
ASS: Eternamente SÓBRIA...rsrs
Além de inteligente seu post foi muito informativo.
Gostei de saber que apesar de não aceitar os métodos vc é a favor da lei.
Meu orgulho
Mãe do Platão
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